LIBERDADE
No pequeno espaço em que me encontro vejo a luz do sol entrar pela fresta da minúscula janela, posso sentí-lo queimando minha face descorada. Como é bom saber que a vida lá fora continua tendo sentido, o sol brilha forte e o entardecer aos poucos vai chegando, junto dele o céu é iluminado pela lua redonda e pelas estrelas; não posso vê-las de onde estou, mas sei que estão lá realizando seu papel na natureza, sei também que tantas pessoas nem reparam a importância que elas tem em nossa vida. Mas continuam brilhando, distribuindo beleza. Assim é a vida : uns perdem, outros ganham, alguns choram, outros agradecem e assim por diante, tudo vai passando e precisamos aproveitar enquanto ainda dá tempo. Tempo de realizar os propósitos, de ver os filhos crescendo com tranquilidade, de sentir que tudo passa, mas que vale apena cada coisa que sentimos ou realizamos.
Aqui nesse lugar cada segundo eu penso muitas coisas, que me fazem acreditar nas inverdades do mundo, pagando por coisas que me levaram a sentir ódio, medo, raiva. É mesmo uma agonia esse lugar, não se faz nada. Olhar para o vazio dá tédio, o mundo continua sendo mundo, porém está distante de mim, a vida me pregou uma peça e isso é o que mais me dói.
Diante da falta de liberdade, só quero esquecer o passado e, tentar superar o medo que tenho ao estar livre novamente. Falta muito pouco.
Me adaptar ao convívio social novamente, me deixa meio ansioso, mas, tenho cedrteza que estou sendo iluminado por uma luz chamado Jesus. Esse será meu próposito de vida, ao conquistar a liberdade.
Postado em 01/04/2011 por Eliana F. Santos
Capital Secreta
Em meio a um amontoado de pessoas, num lugar qualquer do planeta, localiza-se a cidade de Cachoeiro de Itapemirim. Essa que é considerada a Princesa do Sul, com seus filhos ilustres que a deixam importante; com suas riquezas naturais que atraem muitos turistas. Uma terra de gente humilde, com capacidade de transformar seu potencial de progresso.
Aqui vivo, sou cachoeirense, nunca fui ausente, nasci e cresci vendo tudo se modificando. Faço parte dessa historia como cidadã, como funcionária pública, como pessoa comum que sou.
Morar aqui é um privilégio, estudar no liceu, caminhar pelas ruas relembrando o passado, com saudade do “quebra queixo” - doce vendido na porta do liceu naquela época ou o “delicioso” - sorvete vendido pelas principais ruas.
Carregar na bagagem historias do passado que se fazem presente ainda hoje na memoria, é mesmo uma dádiva. Lembrar os desfiles escolares, a banda do liceu, o parque de exposições na festa da cidade, a procissão de São Pedro, a fábrica de tecidos. Tudo foi ficando na lembrança de quem viu e ainda presencia a cidade se modificando.
Esse é o amor pela terra, pela gente, pela historia. É habitar no paraíso, mesmo quando o noticiário anunciam assaltos, assassinatos, mesmo quando a chuva chega por vários dias e inunda tudo ou quando o sol forte vem e a temperatura chega a 40º ( quarenta graus ).
Esse mesmo Cachoeiro que ganhou teatro com o nome do “Sabiá das cronicas”, que tem biblioteca municipal e até academia popular. Esse mesmo Cachoeiro que é considerada a capital brasileira do mármore e granito.
Quem ama essa terra se orgulha de seu avanço rumo ao desenvolvimento, se encanta com a alegria desse povo na época das festas, principalmente o carnaval – maior manifestação folclórica desse lugar. Isto é admirável, serve para mostrar que é agradável viver na Princesa do Sul, pois cada dia a perspectiva de mudança deixa a todos com esperanças, não de sobrevivência, mas de envelhecer na tranquilidade da Capital Secreta.
Eliana
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